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abri as mãos. deixei-te ir.


já há algum tempo atraz vivia uma vida que parecia a de uma princesa, não tinha propriamente tudo o que queria, tinha tudo o que precisava, não me levavam o pequeno almoço á cama, nem sequer ía de carro para a escola, mas havia alguem que me tratava tal como uma princesa, dava-me todo o carinho que precisava, apoiava-me sempre, dizia-me as palavras mais correctas, e as que eu precisava de ouvir. tudo parecia um conto de fadas, mas infelizmente chegou a realidade. a certa altura já nada era igual, apenas as discussões permaneciam, houve várias tentativas para que tudo voltasse ao normal, mas nunca resultou, ate que me fartei de todas as histórias, de todas as lembranças que me faziam sempre voltar atraz. abri então as minhas mãos soltei-te, arranquei-te de mim com todas as minhas forças, deixei-te ir, como um pássaro livre. saberia que mais tarde me poderia arrepender de o ter deixado partir, hoje arrependo-me, e sei que amanhã, ou depois, ou até um dia destes já poderá ser tarde demais, poderei ate ser burra mas quero voltar a fechar as mãos, quero que sejas meu outra vez, quero poder voltar a entregar-me a ti, quero que de novo agarres as minhas mãos e que digas que me amas, quero voltar a ser tua e tu seres meu. não quero mais discussões, quero apenas ficar contigo num simples momento chamado sempre, isto se ele existir, se não que seja "até que a morte nos separe".

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